quinta-feira, 24 de maio de 2012

DESASTRES. FANATISMO.


Desgraça pouca é bobagem:a British Petroleum contabilizou um prejuízo de mais de 17 bilhões de dólares em decorrência da explosão da plataforma Deep Water Horizon na noite de 20 de abril de 2010. O acidente provocou o derramamento de mais de 500.000 toneladas de óleo no Golfo do México.
Foi o pior desastre ambiental doa Estados Unidos.
Além de arranhar seriamente a sólida dependência econômica mundial ao petróleo, provocou séria crise interna na B.P., mas os prejuízos ambientais são maiores e piores porque não afetam apenas a B.P., seus acionistas, diretoria e funcionários. Afeta a todos nós.
Por fim o vazamento foi contido, ontem, 6 de agosto, mas as seqüelas da agressão à natureza remanescerão. A fauna e a flora marítima levarão décadas para recuperar-se. Plantas voltarão a crescer, mas meio deformadas. Alguns danos são irreparáveis, como a extinção de uma espécie de tartaruga que só existia nas águas daquele golfo.
As marismas da Ilha de Freemason, a reserva natural de Pass-a-Loutre com seus mangues, berçários de aves e crustáceos, as restingas de Louisiana e os criadouros de camarões e ostras sofreram danos enormes, asfixiados, mortos e intoxicados.
No Brasil, a Baia de Guanabara, que foi contaminada com 1,3 milhão de litros de óleo em 2000, ainda cheira a petróleo e tem sedimentos impregnados de óleo. Dezenas de quilômetros de manguezais foram afetados pelo acidente.
Infelizmente, vazamentos de petróleo no mar acontecem com certa freqüência. Não que justifique, mas são crimes ambientais involuntários.
Estarrecedor foi o que o Iraque fez em 1991: antes de deixar o Kuwait, durante a guerra, lançou ao mar 136 bilhões de litros – repito, 136 bilhões de litros – de óleo.
Foi no Golfo Pérsico e foi com o intuito de dificultar o desembarque aliado do Kuwait.
Um ato inqualificável.

todos os direitos reservados AKEMI WAKI

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